O SAGRADO MAGISTÉRIO ENSINA
"(...)para que se veja que
quando se fala de modernismo, não se trata de doutrinas vagas e desconexas, mas
de um corpo uno e compacto de doutrinas em que, admitida uma, todas as demais
também o deverão ser. Por isso, também quisemos servir-nos de uma forma quase
didática, e nem recusamos os vocábulos bárbaros, que os modernistas adotam.
Se, pois, de uma só vista de olhos atentarmos para todo o sistema, a ninguém
causará pasmo ouvir-Nos defini-lo, afirmando ser ele a síntese de todas as
heresias. Certo é que se alguém se propusesse juntar, por assim dizer, o
destilado de todos os erros, que a respeito da fé têm sido até hoje
levantados, nunca poderia chegar a resultado mais completo do que alcançaram os
modernistas. Tão longe se adiantaram eles, como já o notamos, que destruíram
não só o catolicismo, mas qualquer outra religião. Com isto se explicam os
aplausos do racionalistas; por isto aqueles dentre os racionalistas que falam
mais clara e abertamente, se vangloriam de não ter aliados mais efetivos que os
modernistas.
(...) Para se chegar ao modernismo não há, com efeito, caminho
mais direto do que o orgulho. Se algum leigo ou também algum sacerdote católico
esquecer o preceito da vida cristã, que nos manda negarmos a nós mesmos para
podermos seguir a Cristo, e se não afastar de seu coração o orgulho, ninguém
mais do ele se acha naturalmente disposto a abraçar o modernismo! – Seja
portanto, Veneráveis Irmãos, o vosso primeiro dever resistir a esses
homens soberbos, ocupá-los nos misteres mais humildes e obscuros, a fim de
serem tanto mais deprimidos quanto mais se enaltecem, e, postos na ínfima
plana, tenham menor campo a prejudicar. Além disto, por vós mesmos ou pelos
reitores dos seminários, procurai com cuidado conhecer os jovens que se
apresentam candidatos às fileiras do clero; e se algum deles for de natural
orgulhoso, riscai-o resolutamente do número dos ordinandos. Neste ponto,
quisera Deus que se tivesse sempre agido com a vigilância e fortaleza que era
mister!" São Pio X - Carta Encíclica PASCENDI
DOMINICI GREGIS
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