sábado, 28 de setembro de 2013

Do site Fratres in Unum:

Francisco fala em Roma, Burke fala nos EUA.

Cardeal Burke.Por Il Foglio | Tradução: Fratres in Unum.com –  Se não fosse o longo colóquio do Papa Francisco com a “Civiltà Cattolica”, a entrevista do Cardeal Raymond Leo Burke, Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, haveria de ficar escondida nas páginas do períodico mensal “Catholic Servant”, impresso em Minneapolis, e seria facilmente esquecida. Principalmente, depois de Francisco ter declarado que algumas questões e certos princípios inegociáveis não deveriam se tornar prioridades no ministério dos sacerdotes, devendo apenas ser pregados em contextos específicos, pois a posição da Igreja já é bastante conhecida. Palavras que na América, onde está alinhavada a batalha, inclusive política, da ala conversavora do episcopado, hoje guiado por Timothy Dolan, surpreenderam.
Cardeal Burke.

Por isso publicamos hoje esta entrevista e damos ampla cobertura ao que disse o Cardeal Burke, enquanto a milhares de quilômetros de distância, em sua suíte papal na Casa Santa Marta, Bergoglio lembrava que “uma pastoral missionária não pode estar obcecada com a transmissão desarticulada de uma multiplicidade de doutrinas a serem impostas com insistência”. Além de falar sobre o Summorum Pontiticum e a participação dos fiéis católicos na Missa, o Cardeal Burke dedica amplo espaço à tríade contracepção, aborto e casamento gay. Não tem medo de falar sobre “a alarmante rapidez com que se está implementando a agenda homossexual”, fato que “deve despertar a todos nós e nos deixar alarmados quanto ao futuro da nação” [referindo-se aos EUA]. Sobre isso, acrescenta o Cardeal: “estamos diante de um engano, de uma mentira sobre os aspectos mais fundamentais de nossa natureza humana, da sexualidade humana, que nos define [como tais]”.

Mentiras que só podem “vir de Satanás”, diz o Cardeal e antigo arcebispo de Saint-Louis. “É uma situação diabólica que visa destruir os indivíduos, as famílias e finalmente a nossa nação. É o mal imperante, logo, como resultado de uma cultura de morte, uma cultura contra a vida e contra a família que já existe há tempos”. E a culpa, a responsabilidade máxima do colapso “é dos católicos”, diz Burke.

“Não combatemos adequadamente, porque não nos foi ensinada a nossa fé católica, sobretudo na profundidade necessária para enfrentar esses graves males do nosso tempo. É uma falência da catequese, seja a catequese das crianças, seja a dos jovens, que é realizada nos últimos 50 anos. É necessária uma atenção muito mais radical, e posso dizer isso porque fui bispo de duas dioceses diferentes”. O resultado da catequese superficial dos últimos 50 anos “é que muitos eleitores adultos apoiam políticos com posições imorais, porque não conhecem a sua fé católica e o seu ensinamento sobre a questão da atração pelo mesmo sexo e sobre a desordem intrínseca das relações sexuais entre duas pessoas do mesmo sexo. Isso porque – acrescenta – tais pessoas não estão em condições de defender a fé católica”.

O fundamental por determinar a situação corrente foi “a exaltação da virtude da tolerância, falsamente concebida como a virtude que se sobrepõe a todas as outras virtudes”, disse Burke. Em outras palavras, explica, “deveríamos tolerar outras pessoas em suas ações imorais, a ponto até de parecer que apoiamos a moral equivocada. A tolerância é uma virtude, mas certamente não é a principal, que é a caridade. E caridade é falar da verdade, especialmente da verdade sobre a vida humana e a sexualidade humana. Enquanto nós amamos o indivíduo, nós desejamos somente o melhor para aqueles que sofrem de uma inclinação que os leva a se envolverem em relações sexuais com uma pessoa do mesmo sexo. Nós devemos condenar estas ações, porque estão em desacordo com a própria natureza, como Deus nos criou. É preciso dizer, nota o cardeal prefeito, um basta “ao falso sentido de diálogo que se infiltrou também na Igreja. Não é possível reconhecer publicamente aqueles que apoiam violações abertas à lei moral, nem render a eles quaisquer tipos de honras. Isto é um escândalo, uma contradição, um erro”.

COMENTÁRIO DO TRADIÇÃO CARIRI: Sábias e santas palavras de um digno Príncipe da Santa Igreja Católica, queira Deus iluminar o Papa Francisco pra perceber onde estão os verdadeiros católicos que amam a Igreja e sofrem com a profuda crise de Fé que ela atravessa já há 50 anos como bem aponta o Prefeito do Tribunal da Signatura Apóstolica, Cardeal Burke - Digníssimo sucessor dos Apóstolos!

O SACRIFÍCIO DA SANTA MISSA É O MESMO SACRIFÍCIO DA CRUZ



Um dos propósitos do Jornal “Versus Deum” e do Blog Tradição Cariri é trazer para os seus leitores textos dos Santos e Doutores da Igreja que são, em nossos dias, muitas vezes negligenciados, quando não deliberadamente escondidos e esquecidos por aqueles que deveriam conduzir o povo de Deus ao perfeito conhecimento da Fé Católica. 

Por isto, transcrevemos a seguir as belas palavras de SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO, sobre o principal aspecto que envolve o mistério da Santa Missa, seja no Rito Antigo – Tridentino defendido pelos que fazem o “Versus Deum”, seja na Liturgia Reformada de Paulo VI, que é a relação estreita, mística e profunda que há entre o Sacrifício da Missa e o Sacrifício da Cruz de Cristo no Calvário, que são na realidade o Único e Mesmo Sacrifício como bem ensina a Regra de Fé Católica.



Seguem as palavras deste grande santo:

  
A principal excelência do santo Sacrifício da Missa consiste em que se deve considerá-lo como essencialmente o mesmo oferecido no Calvário sobre a Cruz, com esta única diferença: que o sacrifício da Cruz foi sangrento e só se realizou uma vez e que nessa única oblação JESUS CRISTO satisfez plenamente por todos os pecados do Mundo; enquanto que o sacrifício do altar é um sacrifício incruento, que se pode renovar uma infinidade de vezes, e que foi instituído pra nos aplicar especialmente esta expiação universal que JESUS por nós cumpriu no Calvário.


Assim o SACRIFÍCIO CRUENTO foi o MEIO de nossa REDENÇÃO, e O SACRIFÍCIO INCRUENTO nos proporciona as GRAÇAS da nossa REDENÇÃO.


Um abre-nos os tesouros dos méritos de CRISTO Nosso Senhor, o outro no-los dá para os utilizarmos.


Notai, portanto que na Missa não se faz apenas uma representação, uma simples memória da Paixão e Morte do Nosso Salvador; mas num sentido realíssimo, o mesmo que se realizou outrora no Calvário aqui se realiza novamente: tanto que se pode dizer, a rigor, que em cada Santa Missa nosso Redentor morre por nós misticamente, sem morrer na realidade, estando ao mesmo tempo vivo e como imolado: Vidi agunum stantem tanquan accisum (Apoc 5, 6).


No santo dia de Natal, a Igreja nos lembra o nascimento do Salvador, mas não é verdade que Ele nasça, ainda, nesse dia.


Nos dias da Ascensão e Pentecostes, comemoramos a subida do Senhor JESUS ao Céu e a vinda do ESPÍRITO SANTO, sem que, de modo algum nesses dias o Senhor suba ainda ao Céu, ou ao ESPÍRITO  SANTO desça visivelmente à Terra.


A mesma coisa, porém, não se pode dizer do mistério da Santa Missa, pois aí não é uma simples representação que se faz, mas, sim, o mesmo sacrifício oferecido sobre a Cruz, com efusão de sangue, e que se renova de modo incruento: é o mesmo corpo, o mesmo sangue, o mesmo JESUS, que se imola hoje na Santa Missa. Opus trae Redemptionis exercetur, diz a Santa Igreja.


A obra de nossa Redenção aí se exerce: sim, exercetur, aí se exerce atualmente. Este santo sacrifício realiza, opera o que foi feito sobre a Cruz. Que obra sublime! Ora, dizei-me sinceramente  se, quando ides à Igreja para assistir a Santa Missa, pensásseis bem que ides ao Calvário assistir à morte do Redentor, que diria de alguém que vos visse aí chegar numa atitude tão pouco modesta? Se Maria Madalena fosse ao Calvário e se prostrasse aos pés da Cruz vestida, perfumada e ataviada como em seus tempos de desordem, quanto não seria censurada! E que se dirá de vós que ides à Santa Missa como se fôsseis a uma festa mundana?


Que aconteceria, sobretudo se profanásseis este ato tão santo, com gestos, risadas, cochichos, encontros sacrílegos?


Digo que, em qualquer tempo e lugar, a iniquidade não tem cabimento; mas os pecados que se cometem na hora da Santa Missa e na proximidade do altar, são pecados que atraem a maldição de Deus: Maledictus qui facit opus Domini fraudulenter (Jer 48,10). Meditai seriamente sobre este assunto” - SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO, extraído do livro AS EXCELÊNCIAS DA SANTA MISSA.


Fortes e ortodoxas palavras, caros leitores! Mas palavras de um Santo, notem bem!


Antes buscássemos dar mais ouvidos às palavras dos grandes Santos e Doutores da Santa Igreja que a qualquer “profeta moderno” apressado na tarefa de reformar e deturpar a Regra de Fé Católica em busca, no mais das vezes, de agradar nossos mundanos ouvidos ou de ser elogiado pelo Mundo!


Para concluir gostaríamos de fechar propondo aos nossos leitores uma reflexão, dado que a Santa Missa nada mais é que a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário, como sempre ensinou a Fé Católica pelos séculos, qual deveria ser nossa atitude diante da Sagrada Liturgia? Seria razoável imaginar no Calvário músicas seculares com ritmos dançantes? Palmas? Pula-pula e algazarra?


Ou antes, deveríamos estar contritos, ajoelhados, em oração profunda e unitiva com Aquele que se imola por nós, muito embora sejamos tão indignos?


Um outro grande Santo Capuchinho, o Padre Pio de Pieltrecina, certa vez foz chamado a responder pergunta semelhante, eis sua resposta:


“Padre, como devemos assistir à Santa Missa?


Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz.”



 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ASSOCIAÇÃO DE FIÉIS CATÓLICOS CRISTO REI

A título de divulgação registramos para os apoiadores da Associação de Fiéis Católicos Cristo Rei que aos poucos estamos desenvolvendo atividades com o principal objetivo de promover o Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo e a propagação da Missa Tridentina em nossa região do Cariri cearense.

Entre estas atividades temos reuniões mensais de formação às quais convidamos todos interessados a participar, via de regra ocorrem em um sábado à tarde no Colégio Santo Antônio de Barbalha. Informaremos regularmente a data e horários das reuniões mensais sempre com antecedência.

Outro destaque destes dias foi a publicação da primeira edição do Jornal Versus Deum que já começa a dar alguns frutos após distribuição na Catedral Diocesana em Crato e na Igreja dos Franciscanos em Juazeiro do Norte-CE. Já tivemos contatos frutos desta promoção de imprensa católica.

O esforço será para os próximos meses manter a publicação mensal do Jornal Versus Deum e buscar, quiçá, uma atividade que possa reunir todos os interessados no crescimento deste projeto, especialmente os participantes deste grupo "facebookiano".

VIVA CRISTO REI!
SALVE O IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nota do Bispo de Pesqueira,Dom José Luiz Ferreira Salles, advertindo sobre a maçonaria

(Texto da Nota emitida por Dom José Luiz Ferreira Salles,  na tarde deste dia 30 de agosto de 2013, através da Cúria diocesana de Pesqueira, após reunião com a Comissão diocesana de pastoral para a Doutrina da Fé)http://doutrinadiocesedepesqueira.blogspot.com.br/p/aos-padres-religiosos-as-leigos-as-e.html



Aos padres, religiosos (as), leigos (as) e a todos aqueles que as presentes letras virem, saudação, paz e bênção  em nosso Senhor Jesus Cristo.


A respeito da celebração presidida pelo Pe. José Gomes de Melo realizada em Sanharó no dia 20 do corrente mês, que deu margem a comentários  na internet que denigrem a Santa Igreja, faço saber a todos que:

Lamento profundamente a reincidência neste erro gravíssimo que traz muitos transtornos à nossa Igreja diocesana. Por ocasião de denuncia sobre fato semelhante ocorrido em Belo Jardim, foram tomadas as medidas cabíveis de admoestação ao padre envolvido naquele triste e reprovável episodio, conforme o Direito Canônico e as orientações da Santa Sé.

Também o Padre José Gomes de Melo foi severamente advertido, está afastado de suas funções paroquiais em Sanharó e das demais funções diocesanas. Ao mesmo, visivelmente arrependido, recomendamos recolhimento, penitência, oração e exigimos retratação perante a Igreja. Imediatamente, o citado padre nos apresentou uma carta escrita, assinada de próprio punho, na qual pede perdão e compromete-se a se retratar publicamente.

Esta Igreja diocesana reafirma a comunhão com a doutrina da Igreja e não permite que seja celebrada qualquer função em união com qualquer associação que não esteja em comunhão com a Doutrina da Igreja. Não é permitido que se realize nenhuma ação litúrgica para a maçonaria nem consentido que sejam apresentados seus símbolos nas celebrações, muito menos que se celebre em ambiente de denominação maçônica.

Os presbíteros desta Diocese receberão um comunicado oficial do ocorrido tornando-os cientes de que será determinada a sumária suspensão do padre que porventura cometa qualquer abuso litúrgico ou ouse expor a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo a qualquer situação vexatória desta ou de outra natureza.

Aproveito esta Nota para ratificar a fidelidade desta Igreja diocesana a Cristo e à sua Igreja, sempre pronta a testemunhar a fé e anunciar a Boa Nova do Reino, percorrendo os caminhos da missão – frequentemente árduos – para santificar a todos.


Pesqueira, 30 de agosto de 2013




Dom José Luiz Ferreira Salles, CSsR
Bispo Diocesano

Do site fratresinunum.com, vemos com apreensão a notícia: L’Osservatore Romano reabilita a Teologia da Libertação

Segue abaixo a reportagem na íntegra


Por Vatican Insider | Tradução: Fratres in Unum.com -  
”Com um Papa latino-americano, a teologia da libertação não podia permanecer muito tempo nas sombras às quais foi relegada por alguns anos, ao menos na Europa”.
O jornal da Santa Sé, que “reabilita”, assim, uma corrente teológica há muito marginalizada pelos casos em que se mesclou com a ideologia marxista, publicará excertos do livro de Gutierrez «Dalla parte dei poveri. Teologia della liberazione, teologia della Chiesa» (Editrice Missionaria Italiana) ["Da parte dos pobres. Teologia da libertação, teologia da Igreja"], dedicados aos pobres como “preferidos de Deus” e contra o “neoliberalismo econômico” e a “desumanização da economia”.Essas palavras do Padre Ugo Sartorio enfatizam iniciativa do Osservatore Romano de dar amplo espaço, na edição de amanhã, a escritos do teólogo peruano padre Gustavo Gutierrez, dominicano, considerado o fundador da teologia da libertação.
“A contribuição de Gustavo Gutierrez tornou evidente uma coisa para nós aqui na Europa — sublinha Dom Gerhard Ludwig Mueller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e admirador do teólogo peruano –, a saber: a injustiça no mundo é um fator que permanece e que somente pode ser superado com a disponibilidade de todos os homens de voltar o olhar para Cristo”.