domingo, 26 de agosto de 2012

 Do blog Una Voce Brasil:

Missa (forma extraordinária do rito romano) com D. Fernando Guimarães em Campos (RJ)

Segundo nos informa o blog das irmãs Redentoristas Tradicionais, como parte das celebrações pelos 10 anos da consagração episcopal de Dom Fernando Areas Rifan, o bispo de Garanhuns e membro do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica e consultor da Congregação para a Causa dos Santos, Dom Fernando Guimarães, CssR, visitou a Administração Apostólica e celebrou uma missa na forma extraordinária para as irmãs redentoristas tradicionais de São Fidelis.
Como destacou o blog CATHOLICVS, algumas fotos foram tiradas através das grades do convento.
MEDITANDO COM OS SANTOS

"Cada santa missa, quando bem se assiste a ela, com fervor e devoção, produz maravilhosos efeitos na nossa alma, proporciona abundantes graças espirituais e materiais, que nós mesmos nem podemos imaginar. Portanto, não desperdiçais dinheiro inutilmente (quando há que fazer despesas para chegar a uma igreja); fazei sacrifícios, mas não deixais de vir até aqui em cima para assistir à santa missa.
O mundo pode ficar sem o sol, mas não pode passar sem a santa missa.

São Pio de Pieltrecina


domingo, 19 de agosto de 2012

GUSTAVO CORÇÃO

"Como atrás já dissemos, o termo cientificismo não designa o maior incremento de pesquisas nem o maior ardor de estudo nos domínios das ciências naturais. Tudo isto, em si, é bom. O que não é bom é o estado de espírito que coloca a ciência da natureza na presidência de uma civilização, depois da expulsão da Sabedoria.

Uma vez que a inteligência não alcança as coisas superiores — diz o homem moderno — apliquemo-la no trabalho de apalpar o fenómeno para deles tirar uma nova confiança em nós mesmos, e para ordenhar a nosso gosto a imensa mãe telúrica, brutal, que às vezes, no seu sono pesado, mata os próprios filhos.

Esse estado de espírito nos primeiros tempos produzirá grande euforia. A humanidade, depois de descobrir a pólvora, o movimento dos astros, a força do vapor, o poder mágico da eletricidade, terá, como teve nos séculos XVII, XVIII, XIX, momentos de inebriado otimismo.

A cândida ideia que logo ocorrerá nos espíritos fracos é a de que, na continuação dos tempos, a Ciência do fenómeno polirá todas as arestas do Velho Homem, iluminará todas as trevas, resolverá todas as dificuldades. Ora, essa ideia, comicamente falsa, extravagantemente, delirantemente falsa foi difundida e tornou-se o ar que respiramos e a água que bebemos, e isto aconteceu porque a Civilização Ocidental moderna já não tinha à sua presidência os dados da antiga Sabedoria. Se a tivesse, ouviria a censura clara e irreputável: a ciência dos elementos exteriores _ dilata o campo do domínio do homem sobre as coisas exteriores e inferiores, mas nada acrescenta ao domínio do homem sobre si mesmo. Uma civilização (...) não pode ser governada pelas ciências da natureza que é cega, surda e consequentemente muda para os problemas mais comuns e mais profundos de nossa vida. Como já disse em outra obra, a ciência pode-nos dizer que nossos pulmões estão anormais e devem ser tratados desta ou daquela maneira, mas é inteiramente incapaz de nos dizer, de nos sugerir o que podemos ou devemos fazer de nossos pulmões normais."

Gustavo Corção - Dois Amores, Duas Cidades

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O SAGRADO MAGISTÉRIO ENSINA

"I. OS MALES DA SOCIEDADE

2. Efetivamente, desde os primeiros instantes do Nosso Pontificado, o que se oferece aos Nossos olhares é o triste espetáculo dos males que de todas as partes acabrunham o gênero humano: é essa subversão geral das verdades supremas que são como que os fundamentos em que se apóia o estado da sociedade humana; é essa audácia dos espíritos que não podem suportar nenhuma autoridade legítima; é essa causa perpétua de dissensões de onde nascem as querelas intestinas e as guerras cruéis e sangrentas; é o desprezo das leis que regulam os costumes e protegem a justiça; é a insaciável cupidez das coisas que passam e o esquecimento das coisas eternas, levados ambos até esse furor insensato que por toda parte induz tantos infelizes a levarem sobre si mesmos, sem tremerem, mãos violentas; é a administração inconsiderada da fortuna pública, o esbanjamento, a malversação, como também a impudência dos que, cometendo as maiores espertezas, se esforçam por dar-se a aparência de defensores da pátria, da liberdade e de todos os direitos; é, enfim, essa espécie de peste mortal que, insinuando-se nos membros da sociedade humana, não deixa a esta repouso e lhe prepara novas revoluções e funestas catástrofes.

II. A CAUSA DESSES MALES

3. Ora, havemo-Nos convencido de que esses males têm a sua principal causa no desprezo e na rejeição dessa santa e augustíssima Autoridade da Igreja que governa o gênero humano em nome de Deus, e que é a salvaguarda e o apoio de toda autoridade legítima. Os inimigos da ordem pública, que perfeitamente o têm compreendido, pensaram que nada era mais próprio para subverter os fundamentos da sociedade do que atacar sem trégua a Igreja de Deus, do que torná-la odiosa e odiável por meio de vergonhosas calúnias, representando-a como inimiga da verdadeira civilização, do que enfraquecer-lhe a autoridade e a força por meio de feridas incessantemente renovadas, e do que derrubar o poder supremo do Pontífice romano, que é neste mundo o guarda e o defensor das regras eternas e imutáveis do bem e do justo. Daí, pois, saíram essas leis subversivas da divina constituição da Igreja Católica, leis cuja promulgação na maioria dos países temos de deplorar; daí promanaram o desprezo do poder espiritual, e os entraves opostos ao exercício do ministério eclesiástico, e a dispersão das Ordens religiosas, e o confisco dos bens que serviam para sustentar os ministros da Igreja e os pobres; daí, ainda, o resultado de haverem sido subtraídas à salutar direção da Igreja as instituições públicas consagradas à caridade e à beneficência; daí essa liberdade desenfreada de ensinar e de publicar tudo o que é mal, ao passo que, contrariamente, de toda maneira se viola e se oprime o direito da Igreja à instrução e à educação da juventude. E outro não foi o fim que os homens se propuseram apoderando-se do Principado temporal que a Divina Providência havia longos séculos concedera ao Pontífice romano para que este livremente e sem peias pudesse, para a salvação eterna dos povos, usar do poder que Jesus Cristo lhe conferiu."

CARTA ENCÍCLICA INSCRUTABILI DEI CONSILIO DE SUA SANTIDADE O  PAPA LEÃO XIII

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

FESTA DA ASSUNÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA
EM CORPO E ALMA À GLÓRIA DOS CÉUS
15/08/2012


"21. S. João Damasceno, que entre todos se distingue como pregoeiro dessa tradição, ao comparar a assunção gloriosa da Mãe de Deus com as suas outras prerrogativas e privilégios, exclama com veemente eloqüência: "Convinha que aquela que no parto manteve ilibada virgindade conservasse o corpo incorrupto mesmo depois da morte. Convinha que aquela que trouxe no seio o Criador encarnado, habitasse entre os divinos tabernáculos. Convinha que morasse no tálamo celestial aquela que o Eterno Pai desposara. Convinha que aquela que viu o seu Filho na cruz, com o coração traspassado por uma espada de dor de que tinha sido imune no parto, contemplasse assentada à direita do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse o que era do Filho, e que fosse venerada por todas as criaturas como Mãe e Serva do mesmo Deus."

"44. Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial.

45. Pelo que, se alguém, o que Deus não permita, ousar, voluntariamente, negar ou pôr em dúvida esta nossa definição, saiba que naufraga na fé divina e católica."
Servo de Deus Pio XII - Constituição Apostólica MUNIFICENTISSIMUS DEUS, definição do Dogma da Assunção de Nossa Senhora em Corpo e Alma ao Céu
O SAGRADO MAGISTÉRIO ENSINA

"3. Desprezo das Sagradas Escrituras

22. Voltando às novas teorias de que acima tratamos, alguns há que propõem ou insinuam nos ânimos muitas opiniões que diminuem a autoridade divina da Sagrada Escritura. Pois atrevem-se a adulterar o sentido das palavras com que o concílio Vaticano define que Deus é o autor da Sagrada Escritura, e renovam uma teoria já muitas vezes condenada, segundo a qual a inerrância da Sagrada Escritura se estende unicamente aos textos que tratam de Deus mesmo, ou da religião, ou da moral. Ainda mais, sem razão falam de um sentido humano da Bíblia, sob o qual se oculta o sentido divino, que é, segundo eles, o único infalível. Na interpretação da Sagrada Escritura não querem levar em consideração a analogia da fé nem a tradição da Igreja; de modo que a doutrina dos santos Padres e do Sagrado magistério deveria ser aferida por aquela das Sagradas Escrituras explicadas pelos exegetas de modo puramente humano; o que seria preferível a expor a sagrada Escritura conforme a mente da Igreja, que foi constituída por nosso Senhor Jesus Cristo guarda e intérprete de todo o depósito das verdades reveladas.

23. Além disso, o sentido literal da Sagrada Escritura e sua exposição, que tantos e tão exímios exegetas, sob a vigilância da Igreja, elaboraram, deve ceder lugar, segundo essas falsas opiniões, a uma nova exegese a que chamam simbólica ou espiritual; por meio dela, os livros do Antigo Testamento, que seriam atualmente na Igreja uma fonte fechada e oculta, se abririam finalmente para todos. Dessa maneira, afirmam, desaparecerão todas as dificuldades que somente encontram os que se atêm ao sentido literal das Escrituras.

24. Todos vêem quanto se afastam essas opiniões dos princípios e normas de hermenêutica justamente estabelecidos por nossos predecessores de feliz memória, Leão XIII, na encíclica Providentissimus, e Bento XV, na encíclica Spiritus Paraclitus, e também por nós mesmo, na encíclica Divino Afflante Spiritu." Servo de Deus Pio XII - Encíclica Humani Generis, sobre opiniões falsas que ameaçam a doutrina católica

III Encontro Summorum Pontificum


PARA SACERDOTES, DIÁCONOS, RELIGIOSOS E LEIGOS
SUMMORUM PONTIFICUM

A 50 ANOS DA SACROSANCTUM CONCILIUM E
ANO DA FÉ:
INSTAURAÇÃO DA LITURGIA, EXPRESSÃO DA FÉ
(de 10 a 14 de setembro de 2012)

Centro de Treinamento de Líderes
Rua Alves Ribeiro, 325. Lot. Pedra do Sal- Itapuã, Salvador – Bahia
Telefone: 71 3374-9037 e 3374-7635
(Ponto de referência Hotel Catussaba)

SACERDOTES, DIÁCONOS E RELIGIOSOS – R$ 300,00, (incluindo hospedagem e alimentação no Centro de Formação de Líderes)

LEIGOS EM GERAL – R$ 180,00, (incluindo alimentação nos dois dias no Centro de Formação de Líderes. Sem hospedagem no local)
Contato:
Edelair (Sula) e José Luiz:
Tel: 21 2667 8309 (9h às 17h30 – Segunda a Sexta)
21 3103.0492 (18h30 às 22h)
Cel.: 21 9208 9323 (Claro) /21 88699698 (OI)/ 21 82414676 (TIM)

PROGRAMA

ENCONTRO DE FORMAÇÃO PERMANENTE PARA SACERDOTES E DIÁCONOS
COETUS SACERDOTALIS SUMMORUM PONTIFICUM

SEGUNDA 10 DE SETEMBRO
15h – Chegada e Credenciamento
18h – Santa Missa de abertura (Rezada)
18h30 – Jantar
19h30 – Palavras de Acolhida e Abertura do Encontro – Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ (Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil)

TERÇA 11 DE SETEMBRO
7h – Santa Missa (Cantada)
8h – Café
8h30 – A Espiritualidade Sacerdotal a partir do Rito de Ordenação do Pontifical Romano de 1961-1962
Dom Fernando Arêas Rifan (Administrador Apostólico da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney)
10h30 – A Vida Litúrgica do Sacerdote como antídoto à secularização
Dom Fernando José Monteiro Guimarães, CSSR (Bispo de Garanhuns e Membro do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica )
12h – Almoço
14h30 – Ensaio Litúrgico – O Ritual do Batismo e o Matrimônio na Forma Extraordinária do Rito Romano
Pe. Claudiomar Silva Souza (Pároco da Igreja Principal da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney e Professor de Liturgia no Seminário da Imaculada Conceição)
16h15 – O Ano da Fé, uma ocasião para descobrir os conteúdos da Fé celebrados e comunicados nos Atos Litúrgicos (Porta Fidei, 9). Uma Reflexão Teológico-Pastoral sobre a relação entre Lex Orandi e Lex Credendi
Dom Gilson Andrade da Silva (Bispo Auxiliar de Salvador)
18h -Jantar

QUARTA 12 DE SETEMBRO

7h30 – Café
8h30 – Colóquio – Um Balanço dos cinco anos de aplicação do Motu Proprio Summorum Pontificum – Frutos e Perspectivas para a Reforma de Bento XVI
Mons. Nicola Bux (Teólogo e Liturgista, Professor de Liturgia Oriental e Teologia dos Sacramentos em Bari – Itália, Consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, escreveu entre outros o livro A Reforma de Bento XVI: A Liturgia entre a Inovação e a Tradição)
12h - Almoço
14h - Passeio pelas igrejas de Salvador


ENCONTRO DE FORMAÇÃO SUMMORUM PONTÍFICUM
PARA SACERDOTES, DIÁCONOS, RELIGIOSOS E LEIGOS



17h – Santa Missa Solene – Mons. Nicola Bux
18h30 – Jantar

QUINTA 13 DE SETEMBRO
7h30 – Café
8h – 50 anos de aplicação da Constituição Sacrosanctum Concilium, o Motu Proprio Summorum Pontificum e a necessidade de uma instauratio contínua da Liturgia da Igreja
Mons. Nicola Bux
10h15 – Dez Anos da Administração Apostólica São João Maria Vianney – Um exemplo de boa convivência entre as duas formas do Rito Romano para toda a Igreja.
Dom Fernando Arêas Rifan
12h – Almoço
14h30 – Mesa Redonda
Dom Fernando Arêas Rifan
Dom Fernando José Monteiro Guimarães;
Dom Henrique Soares da Costa (Bispo Auxiliar de Aracaju)
18h – Santa Missa Pontifical em Ação de Graças pelos cinco anos do Motu Próprio Summorum Pontificum
Véspera da Exaltação da Santa Cruz
Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia

SEXTA 14 DE SETEMBRO
7h30 – Café
8H – A Santa Missa Como Sacrifício – A dimensão mais contestada do Mistério Eucarístico
Dom Henrique Soares da Costa
10h15 – O CANTO GREGORIANO NA LITURGIA DA IGREJA
Do Motu Proprio Inter Sollicitudines ao Magistério Recente
Dom Gregório Paixão, OSB (Bispo Auxiliar de Salvador)
Palavra de Conclusão de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ
12h – Almoço.

Obs: Para a participação de sacerdotes e diáconos no Encontro, requer-se a apresentação do Superior Eclesiástico no momento do credenciamento.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

El Liberalismo es pecado, D. Felix Sardà y Salvany

VII
Em que consiste principalmente a razão intrínseca do chamado Liberalismo Católico

Se bem refletimos, a essência íntima do Liberalismo chamado católico, por outras palavras, Catolicismo liberal, consiste provavelmente apenas num falso conceito do ato de fé.

Segundo o seu modo de pensar, parece que os católicos liberais fundamentam todos os motivos da sua fé, não na autoridade de Deus, infinitamente verdadeiro e infalível, que se dignou revelar-nos o caminho único que nos há de conduzir à bem-aventurança sobrenatural, mas na livre apreciação de um juízo individual, que lhes dita ser melhor uma crença, que outra qualquer.

Não querem reconhecer o magistério da Igreja, único autorizado por Deus para propor aos fiéis a doutrina revelada e determinar-lhe o sentido genuíno; antes, arvorando-se eles em juízes da doutrina, admitem a parte que bem lhes parece, reservando-se não obstante o direito de crer na contrária, sempre que razões aparentes pareçam provar-lhes ser hoje falso o que ontem aceitavam como verdadeiro. (NOTA DO BLOG: Quantos católicos não conhecemos hoje em dia que ousam discordar do Magistério da Igreja sem nenhum receio?)

Para refutação de semelhante teoria basta conhecer a doutrina fundamental De fide, exposta sobre esta matéria pelo Santo Concílio do Vaticano [Primeiro].
.
Demais, chamam-se católicos porque crêem firmemente que o Catolicismo é a única e verdadeira revelação do Filho de Deus; porém chamam-se católicos liberais, ou católicos livres, porque julgam que esta sua crença não lhes deve ser imposta a eles, nem a ninguém, por outro motivo superior, senão o da sua livre apreciação. Donde resulta que, sem o pressentirem, o diabo lhes substituiu arteiramente o princípio sobrenatural da fé pelo princípio naturalista do livre exame; e assim, ainda que julguem ter fé nas verdades cristãs, não as têm, mas apenas simples convicção humana; o que é essencialmente distinto.

A conseqüência é que julgam a sua inteligência livre em crer ou não crer, e igualmente livre a de todos os outros. (NOTA DO BLOG: Outra vez, quantos católicos, em nossos tristes dias, não admitem sem constrangimentos, que cada um busque o que lhe der na telha?!)

Na incredulidade, pois, não vêem um vício, enfermidade ou cegueira voluntária do entendimento e mais ainda do coração, mas sim um ato lícito da jurisprudência interna de cada um, tão senhor de si para crer, como para não admitir crença alguma. Por isso, coaduna-se com este princípio o horror a toda a pressão moral ou física, que externamente venha a castigar ou prevenir a heresia; e daí o horror às legislações civis francamente católicas. Daí o respeito sumo, com que entendem dever ser tratadas sempre as convicções alheias, ainda as mais opostas à verdade revelada; pois para eles são tão sagradas quanto errôneas, como quando verdadeiras, visto que todas nascem do mesmo sagrado princípio de liberdade intelectual, em vista do qual se fundamenta um dogma chamado tolerância, e se dita para a polêmica católica contra os hereges um novo código de leis, que nunca conheceram os grandes polemistas católicos da antiguidade.

Sendo essencialmente naturalista o conceito primário da fé, segue-se daí que há de ser naturalista todo o seu desenvolvimento no indivíduo e na sociedade. Daí o apreciar-se a Igreja, principal e quase exclusivamente às vezes, pelas vantagens de cultura e civilização que proporciona aos povos, esquecendo e quase nunca citando para nada o seu fim primário sobrenatural, que é a glorificação de Deus e a salvação das almas. Daquele falso conceito aparecem eivadas várias apologias católicas, que se escrevem na época atual. De sorte que, para essas tais, se o Catolicismo tivesse por infelicidade ocasionado algures um atraso material para os povos, já não seria verdadeira nem louvável, em boa lógica, uma tal religião. E tanto assim podia ser, que, indubitavelmente para alguns indivíduos e famílias tem sido ocasião de verdadeira ruína material a fidelidade à sua religião, sem que ela por isso deixasse de ser coisa muito excelente e divina.

É este o critério que dirige a pena da maior parte dos periódicos liberais, que, se lamentam a demolição dum templo, só apontam nisso a profanação da arte; se advogam as ordens religiosas, não fazem mais que ponderar os benefícios que prestaram às letras; se exaltam a Irmã da Caridade, é apenas em consideração aos humanitários serviços com que suaviza os horrores da guerra; se admiram o culto, é apenas em atenção ao seu brilho exterior e à sua poesia; se na literatura católica respeitam a Sagrada Escritura, é fixando-se apenas na sua majestosa sublimidade.

Deste modo de encarecer as coisas católicas unicamente por sua grandeza, beleza, utilidade ou excelência material, segue-se em boa lógica que merece iguais louvores o erro, quando reunir tais condições, como sem dúvida as reúne aparentemente em mais de uma ocasião algum dos falsos cultos.

A maléfica ação deste princípio naturalista até chega à piedade, convertendo-a em verdadeiro pietismo, isto é, em falsificação da piedade verdadeira. Assim o vemos em tantas pessoas, que não buscam nas práticas religiosas mais que a emoção, o que é puro sensualismo da alma e mais nada. Assim aparece inteiramente desvirtuado hoje em dia em muitas almas o ascetismo cristão, que é a purificação do coração por meio do enfraquecimento dos apetites, e desconhecido o misticismo cristão, que não é a emoção, nem a consolação interior, nem alguma outra dessas delícias humanas, senão a união com Deus por meio da sujeição à sua santíssima vontade, e por meio do amor sobrenatural.

Por isso é catolicismo liberal, ou melhor, catolicismo falso, grande parte do Catolicismo usado hoje por certas pessoas. Não é o Catolicismo, é mero Naturalismo, é Racionalismo puro, é Paganismo com linguagem e formas católicas, se nos permitem a expressão.


Acesse o Artigo Original: http://blog.christifidei.com/2011/07/o-liberalismo-parte-4.html#ixzz23B8jvfmC

Do site Deus Lo Vult, não deixem de enviar mensagem condenando a legalização do aborto e eutanásia no Projeto do novo Código Penal, façamos valer a nossa voz contra este crime que clama aos céus:

Código Penal Brasileiro: a sua opinião é importante!

Faço eco à importante denúncia do Brasil Sem Aborto a respeito da instalação-a-jato da Comissão de Juristas que vai julgar o ante-projeto de Reforma do Código Penal – aquele que, entre outras coisas, promove via canetada (de novo, sem passar devidamente pelo Legislativo!) uma ampla legalização do aborto no país.
Quem ainda não estiver ciente do que significa esta reforma pode ler o histórico, p.ex., lá no próprio site do Brasil Sem Aborto. Por ora, interessa-nos mais especificamente isto aqui:
A POPULAÇÃO BRASILEIRA PODE E DEVE SE MANIFESTAR!!
Empenhemo-nos em enviar mensagens e expor nossas opiniões, existe um modo bastante fácil de fazer isso: o canal “alô senado”. Basta ligar gratuitamente de qualquer fixo ou celular para o numero 0800 612211. As mensagens gravadas são entregues nos gabinetes dos senadores e, quando perguntarem para quem deve ser entregue a mensagem diga: “a todos os senadores, especialmente aos membros Comissão Especial para reforma do Código Penal”. Você também pode se manifestar especificamente aos senadores do seu Estado, que são os seus representantes. Tomemos alguns exemplos de mensagens feitos pelo criador do blog escola sem partido, Miguel Nagib:
“Solicito a Vossa Excelência que, no anteprojeto do novo Código Penal, não descriminalize nem crie novas exceções para o aborto e eutanásia. O direito constitucional à vida deve ser respeitado.”
“Como cidadão, manifesto minha desaprovação à tentativa de descriminalizar o aborto e a eutanásia na reforma do Código Penal. Os nascituros e os doentes devem ser respeitados.”
“Peço que, na reforma do Código Penal, seja mantida a incriminação do aborto em todos os casos e não seja descriminalizada a eutanásia. A vida é um valor fundamental.”
Mensagens como estas podem ser feitas por telefone no número acima ou pela internet neste link. (http://www.senado.gov.br/senado/alosenado/codigo_penal.asp).
É IMPORTANTE E URGENTE A NOSSA MANIFESTAÇÃO. VAMOS MOSTRAR QUE O POVO BRASILEIRO ESTÁ ATENTO E DESEJA O RESPEITO À VIDA DA CONCEPÇÃO À MORTE NATURAL.
Estejamos alerta! Hoje, como nunca, os maus fazem a festa por conta do silêncio dos bons. Hoje, como nunca, a implantação de práticas contrárias à vontade do povo brasileiro é cada vez mais escancarada. Hoje, como nunca, precisamos da proteção de Deus e de romper o silêncio imposto pelos inimigos da Pátria sobre este tema.

Doutor Angélico


"A caridade não significa somente amor a Deus, mas também certa amizade com ele. Essa amizade acrescenta ao amor a reciprocidade no amor, uma comunhão mútua, como explica o livro VIII da Ética. E que isso pertença à caridade consta claramente na primeira carta de João (4, 16): “Quem permanece na caridade permanece em Deus e Deus permanece nele”, e na primeira carta aos Coríntios (1, 9): “Fiel é o Deus que vos chamou à comunhão com seu Filho”. Ora, essa comunhão do homem com Deus, que consiste no trato familiar com ele, começa aqui na vida presente pela graça, mas se consumará na futura pela glória, e essas duas realidades, nós as obtemos pela fé e pela esperança. Portanto, assim como não se pode ter amizade com alguém se não se confia nem se espera poder manter alguma comunidade de vida ou familiaridade com ele, assim também não se pode ter amizade com Deus, que é a caridade, se não se tem a fé que faz crescer nessa comunhão e trato familiar e se não se espera pertencer a essa sociedade. E assim a caridade não pode existir de forma alguma sem a fé e a esperança."
Suma Teológica I-II, q.65, a.5

 "A todos quantos agora sentem sede da verdade, dizemos-lhes: ide a Tomás de Aquino" 
Pio XI, Studiorum Ducem

domingo, 5 de agosto de 2012

Do site ACI Digital:
Cardeal Burke: os sacerdotes não devem mudar as orações da Missa

Cardeal Raymond Burke.
DUBLIN, 12 Jul. 12 / 04:25 pm (ACI).- O Cardeal americano Raymond Burke, Presidente da Corte Suprema do Vaticano, a chamada Assinatura Apostólica, explicou que os sacerdotes não devem mudar as orações da Missa posto que eles não são os protagonistas da liturgia, mas sim o próprio Cristo.

Em entrevista concedida ao grupo ACI em Roma, o cardeal explicou que o sacerdote não deve modificar ou acrescentar palavras às orações da Missa considerando que todo presbítero é "um servidor do rito" e "não o protagonista”. O Protagonista, nas palavras do Cardeal Burke “é o próprio Jesus Cristo".

"Então está totalmente equivocado que um sacerdote pense ‘como posso tornar isto (a liturgia) mais interesante?’ ou ‘como posso fazê-lo melhor’?"

O Cardeal norte-americano, um dos colaboradores mais próximos ao Papa Bento XVI, recordou que o Código de Direito Canônico assinala que o sacerdote deve "com precisão e devotamente observar o que está escrito nos livros litúrgicos e assim tomar cuidado para não acrescentar outras cerimônias ou orações de acordo ao seu próprio juízo".

O Cardeal explicou logo que o Código de 1917, modificado pelo de 1983, estabelece que um sacerdote em pecado mortal não deve celebrar Missa "sem antes aceder à confissão sacramental" ou o mais breve possível "no caso de não contar com um confessor", quando a Missa  seja "muito necessária" e tenha feito um ato de contrição perfeito.

"Parece-me que esse cânon de 1917 foi eliminado, mas acredito que deve ser reintroduzido, porque a idéia de dignidade está bem de maneira preeminente para um sacerdote que está oferecendo o sacrifício", disse.

O Cardeal de 64 anos de idade também disse ao grupo ACI que é preciso uma reforma da sagrada liturgia, seguindo o estabelecido pelo Papa Bento XVI e "enraizada nos ensinos do Concílio Ecumênico Vaticano II" assim como "adequadamente conectada com a tradição".

Em sua opinião, isto significa evitar diversas inovações como os "serviços de comunhão" liderados por leigos ou religiosos quando existe uma paróquia sem sacerdote para presidir a Eucaristia dominical.

"Não é bom para o povo participar repetidamente nestes tipos de serviços aos domingos porque perdem o sentido do Santíssimo Sacramento", precisou.

O excesso deste tipo de serviços, acrescentou, pode ser também algo que desalente as ordenações sacerdotais porque com estes serviços um jovem com vocação ao sacerdócio "já não vê ante seus olhos a identidade da vocação à qual está chamado".

Na entrevista com o grupo ACI, o Presidente da Assinatura Apostólica se referiu também à " dúvida" na aplicação de penas canônicas nas décadas recentes e aos "abusos e violações da lei eclesiástica" que se dão no âmbito litúrgico.

Tais sanções, disse o Cardeal Burke, são "primeiramente medicinais" e procuram "chamar a atenção da pessoa sobre a gravidade do que está fazendo para que não o faça mais".

"As sanções são necessárias", acrescentou.

"Se em 20 séculos da vida da Igreja foram necessárias sanções, por que em nosso século de repente devemos pensar que elas não são necessárias? Isso também é absurdo", concluiu.

Do site Frates in Unum.com

Os peregrinos da Missa Antiga.

Ano da Fé: anunciado o primeiro encontro dos fiéis do “Summorum Pontificum”, em 3 de novembro, no Vaticano. Espera-se que o Papa intervenha.

    Por Andrea Tornielli | Tradução: Fratres in Unum.com

Os fiéis que seguem a missa antiga graças ao motu proprio “Summorum Pontificum”, promulgado por Bento XVI em 2007, irão a Roma, por ocasião do Ano da Fé, em uma peregrinação que será concluída com uma celebração na Basílica de São Pedro. O anúncio foi divulgado há algumas horas.

Graças à “iniciativa de diferentes representantes de grupos de fiéis leigos, como a Federação Internacional “Una Voce” e a “Coordenação Nacional do Summorum Pontificum” italiana, acaba de ser constituído, em Roma, o “Coetus internationalis pro Summorum Pontificum”, com o objetivo de organizar uma peregrinação internacional de associações, grupos e movimentos pro “Summorum Pontificum” de Sua Santidade, Bento XVI, no Ano da Fé. A peregrinação terminará com uma celebração em São Pedro no sábado, 3 de novembro de 2012. A apresentação oficial do evento será em 10 de setembro”.

O evento, explicam os organizadores, pretende ser uma “grande mobilização até Roma, levando em peregrinação e oração a todos os fiéis devotos da sagrada liturgia e do Santo Padre, o Papa, que, hoje mais do que nunca, em tempos de ataques à sua sagrada pessoa, necessita de nossa manifestação unânime de afeto, obediência e apoio caritativo. Que comece a organização”.

Não é a primeira vez que se celebra uma missa em São Pedro segundo o rito romano de 1962, o último missal que precedeu a reforma litúrgica pós-conciliar. Do altar da Cátedra, em 17 de maio de 2011, o Cardeal alemão Walter Brandmüller presidiu uma missa no encerramento de um congresso dedicado ao motu proprio “Summorum Pontificum” realizado em Roma.

Os organizadores nada disseram acerca de um eventual encontro com o Papa, embora o “Coetus internationalis pro Summorum Pontificum” espere que Bento XVI possa estar presente de alguma maneira e cumprimente os peregrinos que chegarão a Roma de todos os rincões do planeta.

Em setembro de 2010, a três anos da entrada em vigor do motu proprio, foi realizado um estudo estatístico sobre a situação, difundido pelo grupo “Paix Liturgique” em uma newsletter. O estudo, não só quantitativo mas também qualitativo, compreendida 30 países em que o catolicismo tem uma forte presença: tomou-se em consideração o número de missas antigas à disposição, os horários e a freqüência delas, para indicar, por exemplo, se se tratava de um horário adequado às famílias. Foram reveladas as situações na Espanha, Portugal, Irlanda, Suíca, República Tcheca, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, Polônia, França, Países Baixos, Hungria, Áustria, Canadá, Estados Unidos, México, Colômbia, Chile, Brasil, Argentina, Austrália, Índia, Filipinas, Nova Zelândia, África do Sul, Gabão e Nigéria.

Os dados foram confirmados por fontes independentes. A missa tridentina é celebrada em 1444 lugares. Destes, 340 oferecem a missa uma vez por semana; 313 oferecem a missa dominical, mas não em todas as semanas; 324 oferecem a missa todos os domingos, mas em um horário que não é adequado às famílias (isto é, fora do período das 9 às 12 horas); por sua vez, os locais em que são celebradas missas todos os domingos com um horário adequado às famílias são 467. Praticamente, há uma missa “family friendly” a cada três (32,3%), enquanto que uma em cada quatro missas não é celebrada ao domingo.

A comparação com as missas celebradas pela Fraternidade São Pio X é muito interessante. As missas dos grupos “lefebvristas” são 690 ao todo: praticamente uma em cada duas missas são celebradas segundo o motu proprio, em plena comunhão com Roma. Apesar das dificuldades e resistências, um número cada vez maior de pessoas vai conhecendo a missa antiga.