"Há
um famoso ditado que a alguns parece falta de reverência, embora de
fato seja um esteio de uma parte importante da religião: “Se Deus não
existisse, seria necessário inventá-Lo.” Isso não é totalmente diferente
de algumas das ousadas questões com que Santo Tomás de Aquino inicia
sua grande defesa da fé. Alguns dos modernos críticos de sua fé,
especialmente seus críticos protestantes, cometeram um erro divertido,
por causa de sua ignorância do latim e do antigo uso da palavra DIVUS, e
acusaram os católicos de descreverem o Papa como Deus. Os católicos,
preciso dizer, estão tão próximos a chamar o Papa de Deus quanto de
chamar um gafanhoto de Papa. Mas há um sentido em que eles realmente
reconhecem uma correspondência eterna entre a posição do Rei dos Reis no
universo e a do seu Vigário no mundo, como a correspondência entre uma
coisa real e sua sombra; uma similaridade parecida com a similaridade
imperfeita e defeituosa entre Deus e a imagem de Deus. E entre as
coincidências dessa comparação pode ser colocado o caso deste epigrama. O
mundo se encontrará mais e mais na posição em que mesmo os políticos e
os homens práticos se pegarão dizendo: “Se o Papa não existisse, seria
necessário inventá-lo.”" G. K. CHESTERTON
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