quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Diante das declarações de Francisco, anestesiar-nos ou reagir?

Por Pe. Cristóvão e Pe. Williams

Fratres in Unum.com – Diante das últimas declarações de Papa Francisco, que deixaram alarmados os católicos fieis, de sólida formação, não cínicos anti-papas de ontem e fanáticos papistas de hoje, não embalistas, pensamos ser útil dar umas poucas ideias.
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1. É muito difícil emitir um juízo sobre as intenções do papa a respeito. Pelo tamanho das “derrapadas doutrinais”, parece-nos que se trate mais de pouca inteligência misturada com a típica loquacidade achista episcopal latino-americana potencializada pelo próprio idealismo pauperista e espiritualista tão agradável à opinião pública e um certo surto de populismo ansioso, desejoso de aparecer e ganhar espaço nas manchetes.

Em todo caso, não parece ser muito útil perguntar-nos pelas intenções, mas mais concretamente sobre o que devemos fazer diante dos fatos e das consequências dos mesmos.

2. Não podemos perder de vista que, para quem estava acostumado com papas cuidadosos de seu magistério, que se ocupavam de transmiti-lo com ideias mais ou menos precisas e por escrito, em cartas, encíclicas ou outros documentos, agora estamos diante de um papa que fala solto, se convida para dar entrevistas a jornais seculares e adora usar chavões e criar slogans.

3. É útil lembrar que, ao longo da história da Igreja, tivemos papas que foram intelectualmente menos brilhantes, doutrinalmente perigosos e disciplinarmente questionáveis, e, mesmo diante disso, o rio caudaloso da fé católica continuou pujante, e, quando parecia desaparecer, Deus suscitava na Igreja santos e pessoas simples que reiniciavam o alvorecer da verdade no mundo.

As portas do inferno nunca prevalecerão contra a Igreja de Cristo, que é a Igreja Católica. Quando os homens a desfiguram, às vezes é necessário que cheguemos à saturação do mal para que Deus intervenha. E isto o faz, às vezes, do modo mais traumático, para que nos convertamos.

4. Não nos assustemos com estes acontecimentos e com outros ainda piores que possam vir. Precisamos nos manter firmes na fé, pois o luxo da perplexidade já há muito tempo nos foi tirado, e agora nos resta o bom combate. Lembremo-nos do que disse Nosso Senhor: “o Filho do homem, quando vier, encontrará ainda fé sobre a terra?(Luc. XVIII,8).

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